A reuniĂ£o dos BlacksNĂ£o Ă© como antigamente quando formavam o lendĂ¡rio corredor do Viaduto do ChĂ¡, muito menos como nas famosas festas do GinĂ¡sio do Palmeiras. Bailes Blacks nos extremos perifĂ©ricos quase nĂ£o existem mais, e mĂºsicas com grooves pesados nĂ£o sĂ£o mais criadas aos montes como na dĂ©cada de 70.
Esses sĂ£o alguns dos fatores que causaram o sumiço da famosa uniĂ£o black que dominava a juventude negra dos anos 70 atĂ© meados dos aos 80 no Brasil, uniĂ£o essa que foi uma das maiores (se nĂ£o a maior) referencia a auto-estima do jovem negro brasileiro, onde era valorizado a beleza da raça, o swing, o talento, e o poder. O Black Power.
Muitas equipes de bailes que lotavam ginĂ¡sios e salões com milhares de pessoas nĂ£o existem mais, alguns artistas se aposentaram, sumiram, ou jĂ¡ nĂ£o estĂ£o entre nĂ³s.
E os Blacks? (pĂºblico)
Alguns se casaram, outros morreram ou viraram pastores de igreja evangĂ©lica, outros entraram para o crime… Enfim, cada Black seguiu o seu destino, e assim o movimento se dissipou.
A geraĂ§Ă£o seguinte ainda tentou manter a uniĂ£o dos Blacks com a cultura hip-hop, mas essa uniĂ£o jamais foi a mesma, o sentimento hoje Ă© diferente.
A conclusĂ£o seria entĂ£o que os Blacks (Black Power) morreram? A uniĂ£o Black movida pelo Soul nĂ£o existe mais? JAMAIS. Parafraseando Mano Brown: “A funĂ§Ă£o e o funk jamais vĂ£o morrer…” e continua viva, logicamente com um nĂºmero bem reduzido de praticantes, se assim podemos dizer, mas com o mesmo amor de dĂ©cadas atrĂ¡s dedicadas ao Soul, ao Funk (ou balanço) apelido dado por eles.
Fora os famosos e resistentes bailes conhecidos como “Bailes Nostalgia” que existem para manter a chama acesa, existem tambĂ©m confraternizações mais humildes e nĂ£o menos importantes que mantĂ©m viva a cultura dos Blacks, onde Ă© possĂvel sentir o Soul na alma (ou a alma do Soul), enfim: O Soul Power.
Veja mais...Via. Noiz / Dj Zinco