13 de jan. de 2009

Oportunidade para as periferias



Estão abertos vários editais para Pontos de Cultura em vários estados do Brasil. Essa iniciativa é uma parceria do governo federal com os estaduais para fortalecer com equipamentos e financiamento as atividades de grupos culturais que já existem há algum tempo.
Candace, coordenadora do grupo cultural CLAM, dá algumas dicas para os grupos e enfatiza a importância de apoios para os projetos de hip hop:
"Uma boa dica para as posses e grupos de hip-hop que atuam pelas quebradas e favelas do Brasil afora é se equipar. O quero dizer com isso? Que tendo as ferramentas, os microfones, mesas de som, filmadoras, computadores e etc, estaremos dando um grande passo. Grande porque as pessoas passarão a ser usinas mais potencializadas. Uma coisa é você contar que na favela onde você mora os serviços são precários, outra coisa é você poder filmar isso e utilizar a internet para divulgar isso aos 4 cantos. Ou então você ser um tremendo letrista de rap, mas sofrer por não ter as bases onde cantar. Ou então ter as bases e não ter onde gravar a faixa com sua voz para pôr na rádio comunitária. Equipamentos resolveriam isso, junto com um pouco de dedicação para dominar essas ferramentas.
Aqui no Rio de Janeiro somos registrados e vamos enviar nosso projeto. A dica para quem não tem um grupo registrado é tentar parceria com alguma associação da região onde mora. Sei que é uma burocracia tremenda entrar nessas coisas, mas por experiência própria digo que se nós mesmos não apresentarmos os nossos projetos de hip-hop, outros o farão e não olharão pelo hip-hop. Como li alguma vez em algum lugar: "alimentar as usinas de cultura"".
Aqui vai a lista dos estados que estão com o Edital aberto e o link para a página onde obter as informações:

- Acre


- Alagoas


- Amazonas


- Curitiba (aqui o edital é específico pra cidade de Curitiba e não para o estado do Paraná)


- Goiás


- Minas Gerais


- Rio de Janeiro


- Rondônia


- Santa Catarina


- Sergipe


Está dada a dica! O hip-hop é uma expressão cultural fantástica, simplesmente pela transformação que ele faz nas mentes dos jovens. Agora é articular para conseguir levar os pontos para o lugar onde são mais necessários: nas regiões mais pobres do país.

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