16 de abr. de 2009

Impasse no RJ sobre a regulamentação de DJs. Saddan fala sobre o assunto.


A Rapevolusom.com noticiou sobre o impasse (ADJ x DJ Saddan) que esta acontecendo no Rio de Janeiro em relação ao projeto de lei sobre a regulamentação de DJs.
Nesta matéria publicada na ultima segunda feira 13/04 o nome do Sr. Mauricio Carneiro (DJ Saddam) foi citado e a Rapevolusom.com concedeu o direito de resposta ao mesmo.

Confira:

Prezados amigos do Rapevolusom,

Me causou espécie a matéria publicada onde sou acusado de "ser contra a regulamentação da profissão DJ".

Em vários artigos no meu blog, no Bocada Forte ou no site da Nação Hip Hop Brasil sempre me posicionei favoravelmente à regulamentação, porém achando que o projeto de lei não atende aos interesses da categoria, pois nos reduz a condição de técnicos além de apresentar dubiedade de interpretação em vários dispositivos.

Eu que fui acusado de "despreparado e autoritário", democraticamente realizei duas reuniões: uma na Fundição Progresso e outra no Sindicato dos Metroviários (onde tive que pagar R$150 do próprio bolso para alugar o auditório), com a participação de membros da ADJ-RJ - que diga-se de passagem, representa apenas os seus membros que não chegam a 1% da categoria dos DJs deste estado, havendo outras entidades no Rio, inclusive mais antigas e representativas, como a DISCOTERJ. Nestas reuniões onde foi lido o texto da lei aprovado pelo Senado a discussão era a seguinte: A lei atendia ou não os anseios da categoria? Na segunda reunião, nos metroviários, realizada no último dia 06 apresentei a seguinte proposta:
Que a lei não havia sido fruto de um processo nacional de discussão entre os DJs, que o seu texto original elaborado por DJs de SP havia sido desfigurado no Senado "pra poder ser aprovado" e por isso seria melhor pedir ao presidente Lula o veto ao texto, com o indicativo de manter a categoria mobilizada para a realização de um Fórum Nacional dos DJs, que seria precedido de Fóruns estaduais, com uma pauta única para a eleboração de um texto que realmente contemplasse a categoria. A outra proposta da ADJ era de deixar a lei passar do jeito que está para depois tentar mudar os pontos de divergência. Colocadas em votação a minha proposta recebeu 17 votos contra 10 da proposta da ADJ. Se a assembléia tivesse decidido ao contrário, democraticamente eu teria aceitado a posição decidida. Aí eu pergunto: quem é autoritário????

Conforme o decidido, entreguei na segunda-feira última ao Sr. Alfredo Manevy, Secretário-Executivo do Ministério da Cultura, o pedido de veto.

Outra coisa que me chamou atenção foi a menção do fato de eu pertencer a Secretaria Municipal de Cultura, onde sou gerente da rede de lonas culturais, pois em momento nenhum me apresentei nas reuniões como tal e ainda fiz questão de frizar que as opiniões ali emitidas eram do DJ Saddam, não do gerente da rede de lonas. É a mesma coisa: um DJ é funcionário do Bradesco e colocam o nome do banco no meio.

Outrossim, é necessário afirmar que, quando levantei a possibilidade de os DJs serem regulamentados pela Ordem dos Músicos como músicos-praticantes, fui criticado pela ADJ, que quer um sindicato próprio. Mas o mais importante é que, ao longo de minha vida sempre tive opiniões formadas e sempre assinei embaixo, muitas vezes as revendo quando refutado de forma concreta e algumas, inclusive, fazendo auto-crítica. Os meus artigos sobre a regulamentação estão disponíveis no www.bocadaforte.com.br e www.djsaddam.blogspot.com

Um salve e paz à todos

DJ Saddam

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